terça-feira, dezembro 13, 2011

Na sala de espera, ansiando por uma mudança.

    Já fui daquelas pessoas que têm sempre esperança que algo mude, que aquela pessoa aprenda com os erros, que se lembre quem é importante, que ganhe responsabilidade ou que se lembre que tem sempre pessoas prontas para a ouvir e ajudar no que for preciso.
    Ao longo deste ano fui sofrendo desilusões a mais. Consegui finalmente bater o pé e parar de bajular e agradar a pessoas que pura e simplesmente já não se preocupam e ainda se acham vítimas disso.
    Cansei de tentar falar com essas pessoas e chamá-las à razão. 
    Tenho pena de saber que essas pessoas se acham o centro do mundo e já não conseguem diferenciar uma verdadeira amizade de um mero encontro que mexe connosco. Por apenas se lembrarem que têm cá pessoas que gostam delas apenas quando se lembram que eles existem e que se recordam delas de tempos a tempos quando a outra parte faz um esforço para estar presente.
    Cada vez mais noto que já não aquela preocupação se algo está bem, se a outra pessoa está com algum problema. Agora quase ninguém pensa em estarmos todos reunidos e falar de coisas banais. Quase ninguém tentar manter o grupo unido e pelo menos tentar descobrir se algo pode mudar par tentarmos ser o que éramos. 
    Agora, estamos todos a ficar egoístas. Cada um segue a sua vida e acabam por cortar laços sem necessidade.
   Nunca pensei estar nesta  situação. Não quando lutei durante 3 anos para que nada mudasse.
    Mas o nosso cantinho já não é o mesmo. As pessoas acabaram por desistir do nosso espaço especial só porque houve uma mudança. 
    Eu continuo a ser muito feliz lá. Continuo a preferir ir para lá do que para outros locais que não me cativam e não me fazem sentir em casa como aquele cantinho.
    Aquele cantinho onde as pessoas nos conhecem, brincam, festejam e vivem connosco.
    Eu nunca vou abdicar daquele cantinho só porque já não me dou bem com a pessoa que costumava ser a  minha melhor amiga; se aquela pessoa especial que nos alegrava com as suas brincadeiras já não estiver presente; se aquela pessoa que costumávamos amar está acompanhado; se a música já não é a mesma; se as pessoas que o frequentam mudaram.
   São as mudanças  que me fazem gostar cada vez mais do nosso espacinho. Nunca vou esquecer cada memória e cada momento que vivi lá. 
    No entanto, desisti de dar segundas oportunidades às pessoas enquanto não conseguir ver uma mudança.
   Fico triste por ter de tomar estas atitudes para ver se algo muda. Continuo a ter um pouco de esperança mas esta está cada vez mais soterrada por emoções demasiado acusadoras.
    A minha mente já não acompanha o coração. 
    Até parece que toda a gente avançou no tempo, todos menos eu.
    E continuo aqui, em "pause mode" sem saber para onde ir.
    Pode-se dizer que acabei de ficar perdida e não é a primeira vez.
    Falta o click do despertar.
    Estou na sala de espera para o ouvir.

3 comentários:

S* disse...

Não fiques eternamente à espera... ou as coisas mudam ou muda tu.

Sofia disse...

Eu percebo o que tu queres dizer. Já me senti assim, antes.
Mas o que importa é que estejas de consciência tranquila. Quem deixou de estar presente fez essa escolha.
Eu fiz essa escolha. Expliquei porque a fiz. Também estou de consciência tranquila. Mas também senti o que tu estás a sentir em relação a algumas pessoas.
Dia 16 estou lá. Mas sei que não estou por inteiro. Porque as coisas já não são iguais com toda a gente, mesmo que sejam com algumas pessoas.
Não penses nisso. Não vale a pena. Ainda vais aprender isso, infelizmente.

disse...

vou aproveitar!