Não me ligues pois estava cega.
Estava fora do meu corpo, fora da minha razão.
Nem músicas nem palavras serviram para me trazer de volta.
As acções cometidas, as palavras proferidas, não quero pensar mais nisso.
Não quero voltar a passar pelo mesmo.
Sim,foi difícil fugir, escapar, querer confessar que algo não estava bem.
A felicidade enganadora por pouco não me consumiu.
Desliguei completamente. Sabia que se falasse, da minha boca só sairia dor.
Essa é a nossa diferença. Eu tento não magoar.
Eu penso em não o fazer mas tu nem finges. Tu ages como se tivesses o rei na barriga.
Sentes orgulho no que dizes e nas acções que fazes mas isso não te vai trazer a alegria que tanto buscas.
Vives num conto de fadas e quase que me arrastavas para ele.
Diz-me, achas que o fel que cospes na cara das pessoas te traz satisfação?
Tudo se resume à tua espécie de esperteza e modos enganadores.
Não gosto de magoar, não gosto de dizer as coisas que provavelmente irão afastar as pessoas de mim.
Apenas penso que, aquelas que me ouvem e continuam ao meu lado conhecendo a minha maneira de ser, essas sim, são pessoas que valem apena conservar.
Mas nem sempre podemos tê-las ao nosso lado. Temos de fazer um esforço para as compreender também.
E não é a omitir, mentir, enganar a brincar ou pura e simplesmente ignorar que irás chamar à atenção.
Um dia vais perceber. Tudo tem uma razão de ser.
Não insistas. Não rompas elos nem amizades que mal começaram.
Tudo irá lentamente caminhar para que te apercebas que tens de respeitar quem se orgulha de te conhecer.
Apenas quero que compreendas, ninguém é de ferro, e se queres ser feliz, faz os outros felizes.
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