... mas também partilhar a dor.
Não aguentei guardar para mim as minhas preocupações.
És e serás aquela pessoa em quem confiarei todos os meus pensamentos, todos as minhas alegrias e todas as minhas tristezas.
És tu o meu ponto de abrigo pois em mais ninguém confio tão plenamente.
Segredei-te uma das minhas descobertas indesejáveis que remexeu ainda mais os meus pensamentos e que me fez mergulhar na incerteza de aceitar ou não a realidade.
Bem sabes que me preocupo e que não quero que as relações à minha volta se desmoronem.
Não tem sido fácil.
Tu sabes de tudo.
E disseste-me para não pensar mais nisso pois nada posso fazer. Mas sabes bem que não penso assim.
Então disseste baixinho que um dia me revelarias uma situação que apenas tu conheces.
O teu semblante ficou sério e tremi de desconforto.
Sabia que era algo doloroso para ti e que estavas a relembrar-te de um passado que já não devia ser mencionado e do qual, apenas tu e a outra pessoa têm conhecimento.
Por vezes esses segredos só nos corroem. Acabam por levar a melhor e permanecem escondidos.
Fiquei sem saber como reagir.
Bem sei que és forte mas o meu impulso foi abraçar-te com força.
Isso fez-me esquecer o porquê de estar triste contigo ou de achar que o meu desabafo era mais grave que o teu.
Acabei por tentar amparar-te, sentindo-me impotente ao deixar-te partir, a relembrar algo que tanta dor te causou e que te voltou a envolver.
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